
O Conselho Político e Social (COPS) recebeu nesta segunda-feira (9), na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva. Falando para integrantes do órgão, vice-presidentes da entidade, além de outros espectadores, o convidado palestrou sobre o tema “Desafios da Saúde em São Paulo”, explicando as iniciativas da pasta para enfrentar os desafios apresentados pós-pandemia.
Paiva iniciou a sua exposição relembrando o cenário na época em que assumiu a secretaria, com as lembranças da pandemia ainda presentes. Por conta da covid-19, o palestrante compartilhou um diagnóstico de que muitos deixaram de buscar tratamento periódico, principalmente para as doenças crônicas. Ao fazer um mapeamento das especialidades, constatou-se existirem “cerca de 3.700 pessoas em fila, há mais de 7 meses, aguardando tratamento oncológico”.
Para atender o mais rápido possível os pacientes, Paiva destacou que, além de trocar o mínimo possível dos membros da equipe da secretaria, foi preciso “ampliar a oferta de serviço de um sistema de mutirões para poder dar andamento aos atendimentos”.
Outro tema tratado pelo secretário foi a implementação da “Regionalização da Saúde no Estado de São Paulo”, iniciativa para atender às especificidades de cada localidade e ampliar o acesso da população. O Estado foi dividido em várias regiões, com a realização de avaliações regionais para identificar as principais faltas de serviços, considerando as condições sociais e econômicas específicas de cada área.
Com a identificação das necessidades de cada local, a ação garantiu que cada região trabalhasse em áreas prioritárias, melhorando a qualidade do atendimento e elevando o número de cirurgias e atendimentos médicos. “Aumentamos praticamente 60% a oferta de cirurgia no Estado. No primeiro ano, fizemos um milhão de cirurgias e, no segundo ano, um milhão e duzentas”, declarou Paiva.
Outro benefício relatado pela regionalização foi o aumento da cobertura vacinal, subindo de 75 para 94%, superando as médias anteriores e colocando São Paulo como referência em vacinação nacional. Ele também abordou a necessidade de resolver os problemas na Atenção Primária de Saúde (APS) por meio do teleatendimento, o que poderia proporcionar uma solução de cerca de 90% dos atendimentos. “É um modelo que nos dá mais resolutividade do que o modelo que a gente tem presencial”.
O secretário explicou o programa Tabela SUS Paulista, criado como uma resposta à defasagem de 20 anos nos valores pagos por procedimentos de média e baixa complexidade, impactando positivamente no atendimento das instituições filantrópicas e na oferta de procedimentos médicos. “O Estado de São Paulo criou a sua tabela SUS, e aí nós temos um aumento de até 400% de procedimentos”.
No encerramento do evento, o presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine, enfatizou “a oportunidade de conhecer o outro lado e saber das ações desenvolvidas pelo Governo do Estado no setor da Saúde. Colocamos à disposição a nossa agência de notícias, a DC NEWS, e o nosso jornal, o Diário do Comércio, para compartilhar essas iniciativas”.
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Por ACSP - 09/06/2025